Benefícios serão depositados mais cedo a partir de janeiro

dinheiroA partir de janeiro, aposentados, pensionistas e participantes ativos que recebem o benefício de auxílio-doença dos planos administrados pela Fundação Família Previdência passarão a receber o benefício no dia 25 de cada mês.

Nos meses em que a data cair em final de semana ou feriado, o benefício será depositado no próximo dia útil.

A data de crédito do abono anual continua sendo o último dia útil anterior a 20 de dezembro.

Fique atento ao novo dia de crédito do seu benefício para organizar suas finanças pessoais.

Fundação publica Política de Investimentos 2022

capinha_pi_ffp_2022Está disponível no site a nova edição da Política de Investimentos da Fundação Família Previdência para o período de 2022 a 2026. Este documento define as linhas gerais das aplicações dos recursos garantidores de benefícios dos planos administrados pela entidade.

Entenda como a Fundação faz a gestão dos recursos financeiros dos planos previdenciários.

  • Segmentos de investimentos.
  • Limites de alocação dos recursos por plano.
  • Expectativa de rentabilidade para 2022.
  • Gestão de riscos.
  • Rentabilidade dos planos nos últimos anos.
  • E muitas informações que descrevem a gestão estratégica de investimentos adotada pela Fundação Família Previdência.

Acesse o documento clicando na imagem ao lado.

Fundação divulga Família Previdência Municípios em Lajeado

logo familia municipiosNa última quinta-feira (06 de janeiro) a Fundação esteve em Lajeado, divulgando o plano Família Previdência para os servidores municipais. Lajeado é uma das principais cidades do Estado, localizada no Vale do Taquari e conta hoje com 526 servidores. O Diretor de Previdência Jeferson Luis Patta de Moura e o consultor comercial Alexandre Conte participaram de uma live, organizada pela administração municipal, oportunidade na qual apresentaram a entidade e o modelo do plano que está disponível para os servidores lajeadenses.

Jeferson Patta destacou a importância da formação de poupança de longo prazo, por meio de planos de previdência complementar, para suprir as necessidades de recursos após a aposentadoria. Falou também sobre a oportunidade de ter acesso a uma entidade de previdência sem fins lucrativos, que repassa toda a rentabilidade líquida ao fundo previdenciário do participante e com capacidade de entrega na forma de benefícios mensais. “Hoje, pagamos mais de 50 milhões de reais por mês aos nossos aposentados e pensionistas”, afirmou.

Alexandre Conte explicou as características do Família Previdência Municípios, apresentando uma série de exemplos de formação de poupança previdenciária com diferentes níveis de contribuição e tempo de acumulação. O plano é bastante flexível, possibilitando contribuições entre 0,5% a 22% do salário do servidor. A contrapartida do município fica limitada, por legislação, aos servidores que ingressarem na administração após a implantação dos Regimes de Previdência Complementar. Para receber os benefícios mensais, o participante pode estabelecer um percentual do saldo acumulado (0,1% a 1,5%) ou determinar um prazo, entre 60 e 360 meses.

Até agora, 55 municípios estão em processo de adesão ao plano ofertado pela Fundação, uma nova janela de expansão da entidade, com potencial de ingresso de 22 mil servidores e com possibilidade de aumentar ainda mais por conta dos processos seletivos municipais que ainda estão em andamento e que serão lançados nos próximos meses.

Confira a live no link abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=l8hlH9gqEBs

 

Campanha de verão Família Previdência está de volta em 2022

ImpressãoEquipe de vendas do plano previdenciário visitará as colônias de férias da AFCEEE em Xangri-Lá e na Praia do Cassino.

Neste verão, a equipe de vendas do Plano Família Previdência vai fazer um tour nas colônias de férias da AFCEEE, localizadas em Xangri-Lá e na Praia do Cassino. Serão várias visitas ao longo de janeiro e fevereiro, uma oportunidade para os associados conhecerem as vantagens do Família Previdência e investirem no seu futuro e no futuro de seus familiares, enquanto aproveitam as férias no Litoral Gaúcho. Quem aderir ao plano durante as visitas ganha um brinde especial. Confira o calendário de visitas do “Família Previdência com você no verão”.

CALENDÁRIO DE VISITAS

Xangri-Lá

  • 11 e 20 de janeiro.
  • 03, 15 e 24 de fevereiro.

Praia do Cassino

  • 12, 13, 25 e 26 de janeiro.
  • 16 e 17 de fevereiro.

Quer saber mais sobre o Plano Família Previdência?

Acesse: www.familiaprevidencia.com.br

Ou envie um e-mail para euquero@familiaprevidencia.com.br

Conselho Deliberativo aprova novos ajustes no Estatuto

Redação proposta atende solicitação de ajustes encaminhada pela PREVIC.

A Fundação Família Previdência publica as alterações estatutárias aprovadas pelo Conselho Deliberativo no último dia 22 de dezembro. O novo texto atende somente as solicitações encaminhadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC.

Um dos principais pontos da nova versão do Estatuto é a adequação aos termos da Resolução CNPC nº 35, de 20 de dezembro de 2019, que trata da adoção de uma nova forma de escolha dos membros da Diretoria Executiva das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Após a aprovação da PREVIC, o preenchimento das vagas da Diretoria Executiva (Diretor-Presidente, Diretor Financeiro e Diretor de Previdência) ocorrerá por meio de processo seletivo conduzido sob a orientação e supervisão do Conselho Deliberativo. Além do processo seletivo, os candidatos selecionados pelo Conselho Deliberativo para o cargo de Diretor de Previdência, deverão ser submetidos a processo eleitoral para escolha do representante dos Participantes e Assistidos.

Outro ponto de destaque do novo Estatuto será a ampliação do mandato dos membros da Diretoria Executiva de dois para quatro anos, com permissão de recondução ao cargo. Os processos seletivos deverão ser operacionalizados por instituição independente com reconhecida expertise na condução de trabalhos desta natureza. As alterações referentes ao processo seletivo para os membros da Diretoria Executiva estão no Capítulo XI da versão proposta.

Leia o conteúdo no documento em PDF, clicando no banner abaixo. O quadro comparativo apresenta na coluna da esquerda o texto vigente. O texto proposto está na coluna do meio. Na coluna da direita estão as justificativas das alterações estatutárias. O novo Estatuto da Fundação Família Previdência entrará em vigor somente após aprovação da PREVIC.

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Expediente Fundação em 24 e 31 de dezembro

Fique atento! Nos dias 24 e 31 de dezembro não haverá expediente na Fundação. Nessas datas, os participantes poderão utilizar os serviços de autoatendimento por telefone, pela internet e pelo aplicativo Meu Plano.

Ligue 0800 510 2596 (de fixo) ou 51 3027 1221 (de celular).

A Fundação Família Previdência deseja um ótimo Natal e um excelente 2022 para todos os participantes e familiares.

Expediente Fundação em 17 de dezembro

A Fundação Família Previdência informa que no próximo dia 17 de dezembro (sexta-feira) não haverá expediente em todas as áreas da Entidade. Nesta data, os participantes poderão utilizar os serviços de autoatendimento por telefone, pela internet e pelo aplicativo Meu Plano. Ligue 0800 510 2596 (de fixo) ou 51 3027 1221 (de celular). Neste dia, os colaboradores da Fundação participarão de atividades fora da empresa. Os serviços retornam na próxima segunda-feira, dia 20 de dezembro, a partir das 8h.

Fundação abre novo mercado com o Família Previdência Municípios

A Fundação Família Previdência criou um novo produto para atender exclusivamente os servidores públicos dos entes federativos que estão instituindo regimes de previdência complementar nos municípios de todo o Brasil. O Família Previdência Municípios possui características flexíveis de contribuição para os entes federativos ofertarem uma previdência complementar de acordo com suas necessidades e condições.

“Esse é um novo mercado que se abre para a Fundação. Estamos participando de processos seletivos em todo o Brasil, incluindo capitais e municípios de grande, médio e pequeno porte e já estamos colhendo os primeiros frutos deste trabalho que visa expandir os negócios da Fundação”, afirma Rodrigo Sisnandes Pereira, Diretor-Presidente da entidade.

Até o momento, 50 municípios já fecharam com a Fundação, a maioria no Rio Grande do Sul. Cidades de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso também estão em processo de assinatura do convênio de adesão ao Família Previdência Municípios, totalizando um potencial de ingresso de 21 mil servidores ao plano previdenciário.

O prazo de criação desses regimes previdenciários, que encerraria em 12 de novembro, foi prorrogado para 31 de março do ano que vem. O objetivo é garantir uma nova fonte de renda para os servidores durante a aposentadoria, além do regime próprio vinculado ao município. Muitas prefeituras ainda não lançaram os editais de seleção para definir qual entidade de previdência complementar vai administrar o novo regime. Outras, ainda estão com processos seletivos abertos.

Com 42 anos de experiência no mercado, a Fundação faz a gestão de 11 planos previdenciários para mais de 20 empresas e entidades associativas. Está listada entre as entidades aptas a gerir regimes complementares no Guia da Previdência Complementar para Entes Federativos, publicado pelo Ministério da Economia. É a maior gestora de previdência do Rio Grande do Sul, com um patrimônio de R$ 6,5 bilhões, 17.900 participantes e que administra uma folha mensal de R$ 51 milhões em benefícios para 9 mil aposentados e pensionistas.

Como entidade sem fins lucrativos, reverte toda a rentabilidade líquida dos investimentos para os planos previdenciários dos clientes. Nos últimos 15 anos (2006-2020), a rentabilidade da Fundação Família Previdência foi de 481,5%, enquanto o CDI, no mesmo período, rendeu 316,5%.

8º Caminhos para o Futuro abordou desafios da longevidade, estratégias de investimento e educação financeira para jovens

Cláudia Kodja, Thiago Nigro e Gustavo Cerbasi palestraram no evento da Fundação Família Previdência.

palco

A tarde desta quinta-feira, 25 de novembro, foi marcada pelo debate sobre finanças pessoais e educação previdenciária no 8º Caminhos para o Futuro da Fundação Família Previdência (FFP). A atividade encerrou o Connect, evento que une as programações do Caminhos para o Futuro e do Seminário Econômico. As palestras do dia foram apresentadas por Cláudia Kodja, Thiago Nigro e Gustavo Cerbasi, com mediação da jornalista Simone Lazzari, da RBSTV.

Na abertura do evento, o Diretor-Presidente da Fundação Família Previdência, Rodrigo Sisnandes Pereira, destacou a importância da educação financeira e previdenciária. Segundo ele, disseminar o conhecimento financeiro é fundamental para que as pessoas estabeleçam uma “relação saudável com o dinheiro e aprendam, desde cedo, a investir para realizar projetos de vida e alcançar a tão sonhada independência financeira”.

kodjaCláudia abriu o segundo dia de evento com a palestra “Aposentadoria, o desafio da longevidade”, na qual explanou sobre o aumento da expectativa de vida no mundo expondo números e refletindo sobre os problemas e as oportunidades geradas a partir dessa certeza. Já no começo da fala, ela mostrou em dados como se deu esse crescimento global, as diferenças entre as regiões do mundo e, também, classes sociais. Na Ásia, em 1960 as pessoas viviam, em média, 45 anos. Em 2019 (dado mais recente), 74. Na África, 41 em 1960, atualmente, 63. Na América Latina, pulou de 56 para 75. Na desenvolvida Europa e no rico Estados Unidos, a diferença é menor. Enquanto no Velho Continente o salto foi de 68 para 79, o que representa 16%, no país norte-americano de 70 para 79, 13%. Ela atentou para o fato de que há seis décadas nos países ricos as pessoas já morriam bem mais tarde.

Especificamente no Brasil, a população com 60 anos ou mais aumentou quase 8% entre 1960 e 2020, o que representa quase 30 milhões de pessoas a mais vivendo simultaneamente. Porém, tal dado visto isoladamente esconde uma dura realidade, a de que viver por mais tempo não chega para todas as classes sociais. Enquanto nas classes A e B a população com 60 anos ou mais representa 23,3% sobre o total, na C, esse número cai para 18,5% e nas D e E, 7,6% e 3,6%, respectivamente. De acordo com a palestrante, tais percentuais escancaram um problema que a Reforma da Previdência acentuou, apesar dos seus benefícios na conjuntura fiscal.

“Aumentar o tempo de contribuição e cortar benefícios não corresponde a uma reforma de previdência social. Primeiro, porque viver mais não significa capacidade de trabalhar por mais tempo. Segundo, não implica em aumento de vagas de trabalho. E, por último, como os números mostram, o aumento da longevidade não reflete na sociedade da mesma forma”, salientou.

A gestora de investimentos e empreendedora apresentou, ainda, os riscos e as oportunidades gerados pela melhora na expectativa de vida. Quanto aos riscos, os três principais são: custos com saúde – devido ao aumento de doenças crônicas e à necessidade de investimentos altos em novas tecnologias -, exclusão no mercado de trabalho – em razão da queda de produtividade e da resistência a mudanças e inovações, além da invisibilidade imposta a essas pessoas – e empobrecimento – como consequência do déficit previdenciário, da correção monetária e da falta de plano de usufruto.

Como dica para redução de danos, Cláudia trouxe a importância do planejamento. A palestrante acredita que a sustentabilidade na aposentadoria virá com um conjunto de estratégias composto de previdência social e privada, seguros, continuação do trabalho, composição familiar, downsize residencial e revisão do custo de vida.

Nas oportunidades, ela elencou novos aprendizados, estado de independência, aceleração de antigas ideias e distribuição de conhecimentos.

“O estado de independência é composto por aumento da autonomia, possibilidade de novas carreiras e competências, principalmente empreendendo, e diversificação das categorias de vínculo. A aceleração de ideias é baseada na independência, na execução de talentos que não eram colocados em prática e no desenvolvimento de inovações”, explicou.

Por fim, Cláudia salientou que opções de investimento não precisam ser difíceis e as dividiu em duas ramificações: bens, relacionada à busca por propriedades privadas, e títulos, divididos em públicos de renda fixa, privados de renda fixa e privados de renda variável.

nigroNa sequência, Thiago Nigro, considerado o maior influenciador de investimentos do mundo, com audiência que chega a 15 milhões de pessoas por mês, falou sobre “Transformando ação em liberdade”. Nigro, que já alcançou a tão sonhada independência financeira, deu conselhos de como se chegar a esse patamar por meio de metáforas para facilitar a compreensão.

O palestrante começou contando um pouco da sua trajetória de interesse pelo mercado ainda muito jovem e com poucos recursos. Logo cedo, quebrou. Para ele, por começar errado. Mas pela perspectiva de aprender com o erro, acredita que quebrou no melhor momento. Após o erro, começou a estudar e se apaixonou pelo mercado ao longo desse processo, mesmo após perder dinheiro. O estudo permitiu a Nigro identificar que as razões da perda foram ignorância, arrogância e ganância. “Descobri muita coisa. E descobri, sobretudo, que eu me considerava investidor sendo limitado”, contextualizou.

Depois disso, e de retomar os investimentos, ele tentou empregos relacionados ao mercado de capitais, sem sucesso. Foi barman e garçom até se tornar assessor de investimentos, criar um escritório, vender o negócio e colocar a cara na internet. Para ele, o segredo para a construção da liberdade financeira está na reflexão da relação tempo e dinheiro. “Em vez de pensar que você paga pelo que consome com reais, exercite o raciocínio de quanto tempo de trabalho e vida aquele valor corresponde”, aconselhou.

De acordo com o criador do projeto Primo Rico, quando se raciocina sobre isso, muda-se a percepção do dinheiro e passa-se a querer poupá-lo. “O tempo é nosso principal ativo e moeda de troca, artigo escasso e valioso que as pessoas insistem em vender ao invés de comprar. A maioria não está disposta nem tem paciência para acumular patrimônio e acaba antecipando vontades. Adquirem no presente itens que poderiam comprar futuramente, e o tempo cobra em forma de juros. Quando se dá esse passo por necessidade, é compreensível, mas adiantar sonhos por falta de conhecimento é um passo ruim. Ao se adiar a compra, ganha-se crédito no futuro em horas. Ao abrir mão do gasto e investir o valor, o dinheiro passa pelo fator tempo, que tem preço e multiplica capital, gerando um efeito bola de neve poderoso”, detalhou.

Por meio de outra metáfora, ele falou que aplica seus investimentos pelo método próprio ARCA, em alusão a história bíblica de Noé e um acróstico de “ações e negócios”,  “Real State”, “cash” e “ativos internacionais”.

“Com essa diversificação, da mesma forma que Noé se blindou do Dilúvio, me blindo de crises e faço delas oportunidades para crescer meu patrimônio, pegando a parte da carteira que não sofre para investir no que cai”, pontuou.

Dentre os investimentos recomendados por Nigro está o de previdência privada. “O jovem tem muito preconceito, acha que é ultrapassada, cria-se um estigma porque algumas são ruins. Mas trata-se de um dos melhores produtos de longo prazo, com taxas e características que deveriam ser mais bem conhecidas. Na previdência, essa relação tempo e paciência faz todo o sentido, pois chega a 10% do imposto de renda, porém, é preciso esperar. Quem consegue, sai na frente”, finalizou.

cerbasiO escritor, consultor financeiro e professor Gustavo Cerbasi encerrou a programação do Connect ao conversar com o público sobre educação financeira para jovens e o desafio de abordar o tema com eles. A palestra de Cerbasi foi ao encontro do que disse Nigro, pois trouxe à tona os anseios de ganhos rápidos por parte dessa parcela da população. “Ensinar aos jovens de que forma melhorar a capacidade de tomar decisões e como lidar com crédito e recursos é uma missão importante e de responsabilidade”, afirmou.

Um dos primeiros exemplos trazidos, para iniciar a reflexão, foi o cálculo de poupar R$ 100 ao mês para o filho desde o seu nascimento. Com rendimento de 10% ano ano, ao alcançar a maioridade, teria-se R$ 57.640,00. Sem o acréscimo de contribuição e com o mesmo rendimento, aos 50 anos essa pessoa teria R$ 1.216.994 e aos 70 R$ 8.187.326. “É fundamental transmitir o conceito de segurança e amadurecimento de escolha para que as pessoas sejam mais tranquilas e se permitam celebrações constantes. Porém, na prática, a aplicação dessa tabela é difícil de se concretizar por falta de motivação. Em momentos de crises – pessoais ou na economia -, por exemplo, corta-se os valores gastos com experiências e lazer, que são fontes de bem estar, para se honrar as contas fixas, o que gera decepções e por vezes não evita a inadimplência, mas se faz necessário”.

O professor comentou que, em suas aulas, ensina os princípios da inteligência financeira para a estratégia correta de investimento, baseada no tripé reserva de emergência, garantia de renda futura com plano de previdência e investimento de risco, necessariamente nesta ordem.

“O grande erro dos jovens está em pular as duas primeiras etapas. Eles veem exemplos de investidores que enriquecem rápido e criadores de unicórnios e querem repetir os feitos, deixando de atentar para a base do processo de independência financeira”, acrescentou.

Segundo Cerbasi, o caminho para uma vida mais rica está em fazer boas escolhas, amadurecê-las, buscar saber o que se quer para entender do que se pode abrir mão. A partir desse ponto, olhar para a situação atual e definir um objetivo principal e vários outros menores. Realizá-los gradativamente permitirá uma vida mais tranquila, de celebrações constantes, motivações e mais momentos de alegria que permitem sentir felicidade. Dessa forma, é possível ser exemplo para os filhos e garantir que eles não se tornem soldados de uma construção de riqueza focada apenas em crescimento de patrimônio ou cumprimento de obrigações que não atentem ao lazer – sempre focados na sabedoria financeira.

23º Seminário Econômico da FFP debate rumos da política e da economia

rodrigoMarco Antônio Villa, Mansueto Almeida e Álvaro Bandeira projetaram os cenários para o próximo ano.

O ano de 2022 e as projeções para os rumos do país e do mundo estiveram em discussão no dia 24 de novembro no 23º Seminário Econômico da Fundação Família Previdência (FFP). O evento abriu a jornada conjunta do Connect, que une o Seminário ao Caminhos para o Futuro em dois dias de programações online para debater cenários macroeconômicos, políticos e finanças pessoais. No primeiro evento, falaram ao público Marco Antônio Villa; historiador e comentarista, Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual e ex-chefe do Tesouro Nacional, e Álvaro Bandeira, sócio e economista-chefe do Modalmais.

Na abertura do Seminário, apresentado pela jornalista Simone Lazzari, da RBSTV, o Diretor-Presidente da Fundação, Rodrigo Sisnandes Pereira, destacou o desempenho da entidade no longo prazo que acumula uma rentabilidade acima de 480% nos últimos 15 anos e a necessidade de ampliar a cobertura de planos previdenciários para uma parcela maior da população, seguindo o caminho adotado pelos entes federativos que estão ofertando planos para os servidores públicos.

villa

Cenário Político
Na primeira palestra, Villa apontou para como está se desenhando o cenário eleitoral de 2022. A palestra mostrou que até o momento o pleito conta com dois candidatos claros, Bolsonaro e Lula, e apontou os possíveis concorrentes aos nomes que polarizam o debate político. Com a ressalva de que não é partidário a apostas, Villa arriscou uma previsão.

“A eleição presidencial de 2022 deve quebrar a tradição de reeleição de presidentes. Vejo como chance quase nula a de Bolsonaro se reeleger, muito próxima a zero”, acredita o historiador, com a ressalva de que análise eleitoral com muita antecedência é sempre muito arriscada. “Em 2017, ninguém imaginava Bolsonaro no segundo turno e na liderança da corrida”, salienta.

Para ele, o grande problema, caso se confirme tal cenário, está em como o presidente irá governar o país nos meses antes de deixar o cargo. “Um suposto derretimento na intenção de voto da candidatura do presidente Bolsonaro pode gerar efeitos políticos, sociais e institucionais bastante ruins, visto que nos últimos dois anos e 10 meses vivemos a maior tensão política da história, que supera até mesmo os dois processos de impeachment do país, com crises entre os poderes que refletem direto na vida da população”, salientou.

De acordo com o palestrante, na corrida ao Planalto, Lula irá exaltar os seus dois mandatos e tentará fugir da imagem ruim deixada pelo governo Dilma, enquanto Bolsonaro buscará seus êxitos, e ambos terão de fugir dos escândalos como Petrolão, Mensalão e Rachadinha, que serão expostos pelos adversários. Os demais candidatos de visibilidade devem ser Sergio Moro, Ciro Gomes e o vencedor da disputa interna no PSDB, que ocorre entre João Dória e Eduardo Leite. Estes, para o especialista, estão atrás na busca de alianças, enquanto Bolsonaro tem essa dificuldade natural e precisará fazê-la também internamente no novo partido.

“A questão do quebra-cabeça envolve as demais candidaturas, que ainda estão em construção e, por isso, saem em desvantagem. O PSDB está enfraquecido e vive problema interno, Ciro, pelo PDT, tem fama de pavio curto e dificuldade de construir alianças, e Moro deve ser questionado quanto à parcialidade dos julgamentos”, contextualiza. Para ele, Lula pode estar de “salto alto”, conforme a expressão popular, o que pode prejudicá-lo pois eleições “não são vencidas de véspera”.

 

mansuetoCenários Econômicos
No cenário econômico, Mansueto Almeida abordou a recuperação do país no ano e explicou as incoerências entre os bons resultados do Brasil no PIB, no déficit primário do setor público e na dívida pública com a queda do índice Ibovespa, a alta do dólar e o crescimento na curva de juros e taxas em alta. O economista–chefe do BTG Pactual apontou que o país superou números previstos: em vez de crescimento do PIB de 2,5% e 3%, encerrará o ano com crescimento perto de 5%. Quanto ao déficit primário, as projeções especulavam dívida de R$ 300 bilhões, e será de R$ 50 bilhões. A dívida pública, em vez de girar em 90% do PIB, será inferior a 82%, índices muito melhores, mesmo com uma segunda onda muito forte de contaminação da covid-19 em março e abril, com empresas registrando primeiro e segundo semestres de bons resultados.

“Alguns apontamentos explicam os resultados ruins na bolsa, e a alta do dó dólar e dos juros. Primeiro, a proposta de reforma tributária mal recebida pelo mercado, o que machucou preços de ativos e interferiu no Ibovespa. Segundo, a ausência de arrefecimento na alta dos preços, o que elevou os índices de inflação. Terceiro, o fato de a inflação não ter caído fez com o governo não ganhasse folga para corrigir os gastos obrigatórios, o que contaminou o debate fiscal”, explica.

A fala do economista atentou, ainda, para alguns cuidados, como a questão do câmbio e a forte desvalorização do real desde o começo da pandemia, o forte aumento do gasto público, que, no Brasil, não volta, e gera risco de uma trajetória de crescimento da dívida insustentável.

De acordo com Mansueto, o ano de 2022 vai ser de juro alto e com a economia crescendo pouco. A incerteza é maior para os anos seguintes, sem saber se o país continuará com agendas de reforma”. A situação fiscal ainda não é confortável. Para se chegar à clara trajetória de queda, é preciso um cenário melhor do superávit primário e um mínimo de certeza independentemente da conjuntura política, com uma agenda fiscal confiável e responsável”, salienta.

alvaroPor fim, Álvaro Bandeira foi ao encontro de que o próximo presidente, independentemente de quem será eleito, precisa recolocar o país nos trilhos, com o cultivo da união dos três Poderes em prol do bem da população. O diálogo com a comunidade internacional, uma maior abertura da economia com mais importação e exportação, melhora na presença no mercado internacional e atenção à área climática.

Para o sócio e economista-chefe do Modalmais, o ano de 2022 será de desaceleração mundial após a retomada de 2021. “A saída da crise global é bem mais desafiadora do que as medidas tomadas para passar por essa fase. Ela envolverá flexibilidade de governos, bancos centrais e empresários”, disse.

Bandeira levou para a sua apresentação alguns exemplos das principais economias do mundo. Nos Estados Unidos, a inflação bateu 6,2%, o contágio do vírus voltou a crescer e ocasionou retirada de estímulos, o FED anunciou que deixará de comprar títulos do Tesouro e hipotecários. A partir de maio, são previstos dois aumentos no juro, com a previsão de retomada do pleno emprego ao longo do ano. A economia da China demonstra problemas com empresas construtoras, redução de consumo de bens automotivos, inflação elevada no atacado, mas, ainda assim, deve crescer acima de 5% no ano. Na Alemanha, a inflação beira 18% no atacado, a economia está fraca apesar do fôlego que está ganhando neste final de ano. O país voltou a adotar medidas restritivas devido à piora da pandemia. A Zona do Euro teve projeções melhoradas pelo Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). No Japão, a economia cresce pouco, mas a inflação não é problema. O país prepara um novo pacote de estímulo. Na América Latina e Caribe, o FMI elevou para 6,3% a projeção do PIB em 2021, a do Brasil está de 4,7%. Ao encerrar, o economista alertou para uma preocupação importante para o país receber bons investimentos externos.

“O Brasil precisa apresentar segurança jurídica para investidores externos. Se o PIB do terceiro trimestre for negativo, podemos entrar em uma recessão técnica”, apontou.

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