Desempenho da economia gera volatilidade nos investimentos

O ano de 2018 está apresentando grandes oscilações no retorno dos investimentos. Enquanto o primeiro trimestre foi promissor, com retornos na faixa dos 5% para o consolidado da carteira, o segundo trimestre registrou queda na rentabilidade, consumindo praticamente todo o rendimento acumulado no início do ano, chegando a 0,64% até junho.

Por que a rentabilidade está em baixa?

O segmento de Renda Fixa, que representa aproximadamente 77% dos investimentos, foi impactado pela elevação das taxas de juros praticadas nos Títulos Públicos Federais. A rentabilidade de parte da carteira de renda fixa acompanha as oscilações dos preços dos títulos no mercado. A elevação dos juros ocasionou depreciação da carteira precificada a mercado. Até junho, a rentabilidade acumulada neste segmento foi de 2,23%. O segmento de Renda Variável, composto por ações em bolsa de valores, responsável por 15% dos investimentos da Fundação apresentou performance negativa de 8,83% até junho de 2018.

Os resultados foram impactados principalmente pelos acontecimentos do mês de maio no cenário econômico. A greve dos caminhoneiros foi um marco importante, que demonstrou a fragilidade do país, resultando em queda na atividade em vários setores a exemplo dos combustíveis, móveis e eletrodomésticos. O único segmento que registrou crescimento foi o de supermercados, motivado por uma corrida dos consumidores aos bens de necessidades básicas. Em um cenário econômico frágil e com as indefinições acerca das eleições gerais, é esperada uma maior volatilidade nos retornos ao longo do ano, principalmente diante da indefinição política atual, com programas econômicos de candidatos bastante antagônicos.

A boa notícia é que os impactos diretos na economia parecem ser temporários. Dados de atividade referentes ao mês de junho mostram uma retomada do nível da produção no setor de automóveis, o que pode ser um bom prenúncio. Além disso, a elevação das taxas dos juros apresenta uma oportunidade de compra para os planos de previdência privada, cujos recursos precisam ser capitalizados no longo prazo. “Essa volatilidade nos investimentos está afetando todo o setor, mas já vemos alguns sinais de recuperação. Nesse sentido, vamos manter nossa política de investimentos, com movimentos táticos visando a proteção de nossa carteira para obter melhores resultados no longo prazo”, afirma o Diretor Financeiro, Gilberto Gischkow Valdez.